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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Só um curto desabafo...rotineiro!



Que país estranho esse nosso. Estava assistindo TV esses dias, o que não tenho muito prazer em fazer, e vi meia dúzia de senadores e deputados discutindo sobre as denuncias feitas recentemente contra o presidente do senado brasileiro José Sarney e logo em seguida assisti os argumentos de defesa do mesmo. E algumas coisas me chamaram a atenção.

Primeiro pensei: “Não me vejo representado na grande maioria dos discursos”, isso não é novidade. Entretanto o agravante está em não me ver representado no povo que elege tais políticos e que não se interessa em debater esta situação, não posso ter uma nação em comum com este povo. Não tenho esperança neste povo com seus sonhos mesquinhos. Faço coro a Arnaldo Antunes: “Não sou brasileiro...nenhuma pátria me pariu!” Nenhuma pátria me pariu porquê não temos pátria, temos apenas um estado em comum com um idioma em comum. Não há Brasil, existe apenas um estado brasileiro.

Segundo: O Sarney tem razão, a mídia quer (não de hoje) ser por excelência a instituição oficial porta-voz do povo brasileiro, sua porta-voz. O Sarney tem razão, a mídia é igual a ele, atende os mesmos interesses da família Sarney. Sorte que existe a internet e veículos alternativos que permitem à chamada “opinião pública” (classificação massificada reproduzida pelos meios midiáticos) um aprofundamento nas informações consumidas nos canais de televisão. Mas tentar não ser ignorante dá muito trabalho...

Terceiro: Enquanto docente fico triste de perceber que boa parte dos atuais docentes não se interessam em observar a gravidade da nossa situação política (“nossa” enquanto submetidos ao mesmo estado, e não como povo, uma vez que este não existe) ou se estes profissionais da educação observam imediatamente desdenham completamente a importância de debater claramente esta situação com os discentes, responsáveis mais tarde por propagar esse mesmo desprezo pelas questões fundamentais do cotidiano político. Tudo funciona como um nojento e inescrupuloso ciclo vicioso.

Por isso leia mais, aprenda a descobrir na internet mais do que sites de relacionamento e principalmente assista menos TV.

2010 / Paulo Vitor.